domingo, 24 de maio de 2015

Respirar ou não respirar? Eis a questão!

  Um dia alguém me perguntou:
  - O  yoga que você faz é com respiração?
  E por um instante mais consciente respirei fundo buscando uma possível resposta e foi na exalação que ela me veio.
  - Sim, é com respiração! Porque respirar é fundamental para a manutenção da vida! E o seu ritmo e qualidade influenciam todo o organismo, mente e emoções. Por isso numa prática de yoga é essencial inspirar no momento certo da postura, apropriando-se do si-mesmo e expirar no momento adequado entregando-se ao Absoluto!
 
     "Dos mamíferos, o homem é o único que, por causas patológicas ou deploráveis maus hábitos, as vezes respira pela boca. Respiração errada. O nariz não foi feito para compor um elegante perfil. Deus o pôs no meio de nossa face para com ele realizarmos sadiamente esta coisa importantíssima que é respirar.
     Os inconvenientes da respiração bucal são de dupla natureza: físicos e prânicos.
     Os de ordem física começam com a insuficiente alimentação de ar nos pulmões. Os que respiram pela boca são permanentemente martirizados por uma asfixia parcial, além de serem mais sujeitos às infecções por germes do ar. O nariz é um filtro contra poeiras. Graças à ação bactericida de seu muco, livra-nos de insidiosos invasores. É também um radiador natural que aquece o ar frio do inverno, antes de chegar aos pulmões."
                                                                                                                Hermógenes

terça-feira, 19 de maio de 2015

Um Deus que Dança

      Na dança reside o sentimento de felicidade, contentamento e bem aventurança. Crer em um Deus que dança é crer que todos este sentimentos são divinos. Dançar é uma forma de afastar sentimentos como a tristeza, a angustia e o medo. É uma forma de fazer de seu corpo o primeiro altar divino! Então dancemos, com a alma, com o corpo com o espírito. Não para que nos vejam, mas para que possamos sentir Deus se expressando através de nós!
                                                                             Gisele T. Ricetti


“Vós dizeis-me: “A vida é uma carga pesada”.
Mas, para que é esse vosso orgulho pela manhã
e essa vossa submissão, à tarde?
A vida é uma carga pesada; mas não vos mostreis tão contristados.
Todos somos jumentos carregados.
Que parecença temos com o cálice de rosa que treme
porque o oprime uma gota de orvalho?
É verdade: amamos a vida não porque estejamos
habituados à vida, mas ao amor.
Há sempre o seu quê de loucura no amor;
mas também há sempre o seu quê de razão na loucura.
E eu, que estou bem com a vida,
creio que para saber de felicidade
não há como as borboletas e as bolhas de sabão,
e o que se lhes assemelhe entre os homens.
Ver revolutear essas almas aladas e loucas,
encantadoras e buliçosas,
é o que arranca a Zaratustra lágrimas e canções.
Eu só poderia crer num Deus que soubesse dançar.
E quando vi o meu demônio,
pareceu-me sério, grave, profundo e solene:
era o espírito do pesadelo. Por ele caem todas as coisas.
Não é com cólera, mas com riso que se mata.
Adiante! matemos o espírito do pesadelo!
Eu aprendi a andar; por conseguinte corro.
Eu aprendi a voar; por conseguinte
não quero que me empurrem para mudar de sítio.
Agora sou leve, agora vôo;
agora vejo por baixo de mim mesmo,
agora salta em mim um Deus”.
Assim falava Zaratustra.”
~ Friedrich Nietzsche, em “Assim Falou Zaratustra” (capítulo “Ler e Escrever”)