sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal - com fartura ou prosperidade?

        "Hoje a noite é bela, vamos à capela".... Jesus nasceu entre os judeus, cresceu como um judeu, aprendeu com eles e falou apenas o que as escrituras de Moisés ensinam. Porém havia Nele uma "força estranha". Ele permitia que o amor se expressasse através Dele: E se tornara a pura expressão do amor. Ele não tinha a pretensão erudita de saber tudo a respeito das escrituras; ele provavelmente não tinha tempo para dedicar-se a interpretar e fazer valer a lei do passado, pré estabelecidas.

        Preferiu viver o seu tempo na sua mais sublime presença criativa, estando entre as pessoas e não acima ou a parte da sociedade, mas à margem desta. Ele andava com pessoas comuns, se relacionava com elas. Ele era Um com elas assim como era Um com o Pai.

        Dia 25 de dezembro é a principal entre as datas religiosas do mundo cristão. Muito embora Jesus, o Cristo, não tenha tido a pretensão de fundamentar uma instituição religiosa, hoje nós temos uma infinidade de religiões e seitas ditas cristãs que pretendem fazer valer a palavra de Cristo, custe o que custar, doa a quem doer, "pois é delas o reino dos céus", ou melhor, somente por meio delas se alcança o reino dos céus. Porém no interior dos templos é fácil observar o semblante de seriedade, de sofrimento e falta de rumos estampados nos olhos dos filhos de Deus, seguidores das ditas religiões. Quando não um hipnótico fanatismo, produto do mais alto desespero, proveniente da culpa e do medo do pecado e de suas ações. Procurando seguir os preceitos das leis pré estabelecidas pelos seus líderes.

        Jesus Cristo era a palavra, ele não sabia sobre ela, ele não seguia as regras, por isso da dificuldade da sociedade, da religião e da política "engolir de maneira digesta" a sua figura e o seu poder. Porque o seu poder não vinha da lei, das regras sociais, do condicionamento ou do controle. Seu poder emanava da expressão de sua natureza criativa que sempre foi o amor. O amor se expressa em sua própria natureza e dimensão, ele não está acima ou abaixo da lei. Ele simplesmente tem sua natureza sublime e infinita.

        Jesus não era um líder e nem tinha esta caracteristica, ele esteve entre as pessoas, as olhou nos olhos e teve compaixão. Ensinou sobre a prosperidade dividindo e multiplicando os pães, permitindo o exemplo de que somente assim é que se respeita e equilibra as forças contrárias da prosperidade e da fartura.

        À meia noite do dia vinte de quatro de dezembro, tradicionalmente as famílias se reúnem para a festa de aniversário simbólico, deste grande santo da história da humanidade. Que esta ceia seja um marco para que possamos viver um pouco sob o exemplo de Jesus, o Cristo. Diminuindo a fartura e aumentando a prosperidade. Que estas mesas demonstrem a singela expressão do amor e que ao nos alimentarmos fiquemos apenas com o necessário, e não até nos fartarmos. E que os olhos brilhem a exemplo da estrela Dalva, e que a sua luz seja o fogo flamejante do Espírito, promovendo a transformação necessária a cada um de nós, para que possamos perceber que a verdadeira prosperidade é aquela que de fato, nos provém o necessário para acessarmos a felicidade. Que possamos a partir dessa permissão, para a transformação urgente, diminuirmos mais e mais a fartura pois ela é a mãe do desperdício. Para que possamos compreender de uma vez por todas que quanto mais nos fartamos mais estamos contribuindo para a dor e o sofrimento de muitos dos nossos semelhantes, que morrem de fome e sede no mesmo instante.

        E que no final do dia vinte e cinco de dezembro as nossas lixeiras não estejam assim tão fartas, tão gordas como o papai noel, e que o resultado de nossa ceia não seja um peso para o nosso corpo e nem nossa consciência. Que possamos compreender que se faz absurdo comemorar o nascimento daquele que cremos como sendo Deus encarnado, com o sofrimento de milhares e milhares de seres vivos, para "enfeitar" as nossas mesas. E no momento certo possamos "juntos eu e ela..." e todos "felizes a rezar..." para que as nossas crianças compreendam o verdadeiro significado da festa e que o aniversariante não é o papai noel.

        " Ao soar o sino..." que ele nos ajude a despertar do sono do consumismo e da soberba vontade de nos tornarmos algo ou alguém além de nós mesmos. Para que a vontade não seja o carro abre alas do desfile luxuoso do grande carnaval de que virou a prática da caridade, baseada no consumismo. Que o som do sino nos chame a atenção quando estivermos nos envolvendo além da conta no fazer, no comprar, no gastar e nas dificuldades que advém destas ações. Para que possamos ser e estar presentes no sentir, e sentir o outro, que é aquele que nos atende no mercado; nos espera em nossas casas; que aguarda uma atitude ou uma palavra de limite e um gesto de carinho enquanto cresce; que vê em nós a possibilidade do abraço; que nos ouve ou entende quando "não estamos'.
        Que possamos viver no fundamental. Como somos, "porque somos o que somos", somos divinos e perdemos a noção. Nos perdemos nos limites que nos impusemos e vivemos fechados nesses limites. Hipnotizados por eles sem percebermos que é no conceito ou nos conceitos de fartura que geramos a miséria que nos condena, jamais Deus. Jamais Cristo! Ele não julga e não condena, porque isso não faz parte da natureza do amor. Porém a lei da fartura julga, condena e mata fantasiada com as roupas da verdade.

"Vai o Deus menino nos abençoar..."

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Kibe Vegetariano

Atendendo a muitos pedidos (rsrsrs) aí vai a receita no meu kibe!!!

Kibe Vegetariano

Ingredientes:
- 1 xícara de PTS fino
- 2 xícaras de farinha para kibe
- 1 xícara de batata cozida e amassada
- 1 colher de trigo integral
- 1 cebola
- Alho
- Cheiro verde
- Ortelã
- Shoyo
- Sal
- Ricota
 Azeitona picada

  Modo de fazer:
  Ferva a água e coloque na farinha de quibe e no PTS para inchar. Misture a batata cozida, shoyo, a cebola e o alho picados, o cheiro verde e a ortelã também picado. Misture bem, e coloque sal a gosto.
  Em outra tigela amasse a ricota e misture a azeitona, coloue sal a gosto.
  Unte um refratário e coloque metade da misture do quibe, pressione com uma colher. Coloque toda a ricota temperada e também pressione com a colher. Então coloque a outra parte da mistura de kibe e pressione. Corte os pedaços e pincele um pouco de óleo de oliva em cima. Por último coloque para assar por aproximadamente 40 minutos.

Espero que gostem!! Agora falta o pastel assado da Simiramys e o bolo de maçã da Célia!!! srrsr. Me mandem por e-mail que publico em seguida!!!!
                                                                              

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sat Sangha 2010

     Sat sangha significa literalmente a comunidade ao redor da verdade. Neste ano, incluímos em nossa reunião algumas danças que representaram os elementos da natureza, terra, água, fogo e ar. Foi um belo encontro onde participaram os integrantes da Casa de Yoga Maha Devi, amigos e parentes.
     Num clima de confraternização vivenciamos novas experiências e compartilhamos o alimento, conscientes e respeitosos de sua importância!
 


 
   
      A primeira dança foi um Derbake, que representou o elemento Terra, por sua força e ritmo. Também por ser uma dança que trabalha intensamente, com movimento vibratórios a região onde está compreendido o Muladhara Chakra, cujo o elemento é a Terra.

 
     A segunda dança representou o elemento Água, por sua fluidez e sinuosidade. Está relacionado ao swadisthana chakra, que tem como elemento a água!
 
 
     A terceira dança foi com a espada, representando o elemento fogo, pela característica de transformação e poder. Está ligado ao Manipura Chakra, que tem o fogo seu elemento.
 
 
     A quarta dança foi com o véu, representando o elemento Ar, por seu movimento e leveza. Além de trabalhar muito a região onde fica o Anahata Chakra, que tem como elemento o Ar.
 
 
     E, após a dança, textos e vivências, foi feito uma dança circular onde todos participaram, representando o elemento Éter, que inclui e possibilita a manifestação de tudo que existe! 
 
 

domingo, 28 de novembro de 2010

Entre Marte e Vênus

"A mulher é mais intuitiva, mais instintiva. Se ela não meditar será apenas instintiva. Ela pensa com seu corpo. ela é mais ligada ao corpo do que o homem, ela conhece mais seu corpo do que o homem; e no corpo encontramos toda a evolução ocorrida durante milhôes de anos.
O homem está mais ligado à mente, é mais intelectual. Mas o intelecto é um desenvolvimento muito tardio. Enquanto o instinto é antigo e profundo, o intelecto é superficial e ovo, muito infantil. Se o homem meditar, ela terá mais dificuldades para se livrar do intelecto, pois toda a sua educação e criação foram baseadas na mente, no intelecto. E para meditar ele precisa deixar de lado tudo o que sabe.
A mulher pode meditar com mais facilidade, porque o salto do instinto para a intuição é muito simples. O salto do intelecto para a intuição é mais difícil, só que, infelizmente, durante séculos, a mulher não teve a permissão de participar do mundo da meditação. Ela tem sido, na verdade, rejeitada por quase todas as religiões. A razão é simples: todas as religiões são contra o corpo, e a mulher é guiada por ele. Ao rejeitar a mulher, elas estão rejeitando a orientação corporal. Elas são contra o corpo. Todas as ideologias religiosas são intelectuais."
Osho
Quando vemos esta definição da natureza feminina como instintiva, devemos primeiramente nos perguntar o quanto somos mulheres? O quanto aceitamos a nossa natureza e o quanto fugimos dela procurando intelectualizar tudo! A partir de quando iremos respeitar e agradecer a nossa natureza, pois, com este nosso desprezo pela mesma somos as mais preudicadas! Somos nós mullheres que sofremos quando tentamos ser o que não somos, quando nos enganamos acreditando que somos como os homens... O quanto nos reduzimos quando tentamos competir de igual pra igual tomando como base sempre as característivas masculinas. Este é o nosso maior erro, não aceitarmos a nossa natureza de passividade e acolhimento, e então, quando percebemos que ao fugir de tudo isso somos infelizes, não conseguimos encontrar o caminho de volta!
O mundo precisa de homens, mas também de mulheres! Pois somos nós as mulheres escolhidas para uma das mais lindas missões: A de gestar uma vida e nosso ventre, a de alimentar esta vida com a nossa própria matéria! Existe acaso algo mais importante que isto? A força divina não estaria tão próxima da mulher quando divide com ela o dom de gerar a vida?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mulher




"A Mulher cria o universo,
ela é o próprio corpo desse universo.
A Mulher é o suporte dos três mundos,
ela é a essência de nosso corpo.
Não há outra felicidade
senão aquela proporcionada pela Mulher.
Não há outro caminho senão aquele
que a Mulher pode abrir pra nós.
Nunca houve e nunca haverá,
nem ontem, nem agora, nem amanhã,
outra ventura senão a Mulher:
nem reino, nem peregrinação, nem yoga,
nem prece, nem fórmula mágica (mantra),
nem ascese, nem plenitude
além daquela prodigalizada pela Mulher."
                                                                 Shaktisangama - Tantra II, 52

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sat sangha 2009

Este tópico é para lembrarmos do sat sangha de encerramento 2009, que foi muito bom!!!! Nele, além das meditações e mantras tivemos também algumas vivências e apresentações de dança! Contamos com a presença de pessoas muito queridas e seus familiares. Não podemos deixar de destacar a Dona Mirian com seu Strudel de maçã dos Deuses... A Ane, que além de toda a participação junto com o grupo de dança, não deixou de mostrar seu bom gosto e talento criativo na composição da mesa.
 Da presença sempre forte da Jen li, da Sueli e da Eliete, que sempre estão presentes de corpo e alma! Da participação pura e reservada da Jane e Odete!  Além da Bernadete, Amanda, Rosana, Édelin e Madalena que deram litaralmente o suor para que a dança ficasse realmente linda e tocante!
 A Grazielle que encantou com seu trabalho único de contação de histórias. Além das pessoas que participaram pela primeira vez como a Dona Lúcia, a Matilde, e outros tantos.
Não podemos citar o nome de todos os participantes mas deixamos aqui registrada a alegria pela presença de todos, pois cada um somou com seu brilho para que o Sat sangha tivesse atingido seu verdadeiro sentido!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Convite - Sat Sangha 2010

Sat Sangha 2010
Criação –
Um ato Divino

"Eu que sou a beleza verdejante do solo, a alva lua entre as estrelas e o mistério das águas,
Convido vossas almas a ascenderem a mim.
Pois eu sou a própria alma da natureza que vivifica o universo.
Tudo precede de Mim e a Mim retornará.
Haja então regozijo nos corações que me adoram,
e atinai que todos os atos de amor e de prazer são meus rituais.
Haja pois beleza e força, poder e compaixão, honra e humildade, júbilo e reverência em vosso íntimo.
E sabei, vós que procurais conhecer-me,
que vossa busca e anelo permanecerão infrutíferos, até conhecerdes o mistério:
Se não achardes o que buscais em vosso próprio âmago, jamais o encontrarei fora.
Porque tenho estado convosco desde o princípio e,
quando cessarem os desejos, é a Mim que alcançareis."
Benção da Deusa das Estrelas



Local: Auditório Chico Xavier - Faculdades Integradas Espírita – Rua Tobias de Macedo Jr., 246, - Santo Inácio.
Data: 11 de dezembro de 2010 as 16h00.
Oferta: Flores, frutas, velas , incensos, doces ou sucos e uma doação criativa à Escola Rural Onofre Soares.
Traga sua almofada


Precisar X Amar

O sentimento de ansiedade também é conhecido como amor dependente, frequentemente confundido com o verdadeiro amor. Se uma pessoa depende de outra, irá definir seu sentimento como se fosse amor. Dirá "eu o amo", quando na verdade quer dizer "eu preciso de você". Precisar e amar não são a mesma coisa. Necessitar denota falta; amor é preenchimento. Necessitar pode ser doloroso; o amor é agradável. O amor dependente ata uma pessoa a outra; o verdadeiro amor incentiva a liberdade e a espontaneidade, elementos essenciais do prazer. A atitude dependente dimimui a possibilidade de prazer, fazendo com que o verdadeiro amor se torne difícil, se não impossível. O amor dependente caracteriza-se pela exigência de amor e prazer; o verdadeiro amor caracteriza-se em dar prazer. A exigência de amor é racionalizada da seguinte maneira: preciso de você. Quero você. Eu o amo. Portanto, você deve me amar.
                                                                                       A. Lowen

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A alma da bailarina

     Certa vez, vieram para corte do príncipe de Birkasha uma bailarina e seus músicos. Tendo sido admitida na corte, ela dançou a música da flauta, do alaúde e da cítara. Executou a dança das chamas e do fogo e a da espada e das lanças. Dançou as estrelas e o espaço e então, ela dançou a dança das flores ao vento.
    Quando terminou, aproximou-se do príncipe e curvou o corpo, em reverência, diante dele. O príncipe ordenou que ela se aproximasse e perguntou-lhe: - Bela mulher, filha da graça e do encanto, de onde vem sua arte e o que é este seu poder ao comandar todos os elementos em seus ritmos e versos? E a bailarina, aproximando-se, curvou mais uma vez o corpo em reverência e respondeu: - Sua alteza, sereníssimo senhor, eu não sei a resposta para suas perguntas. Somente isto eu sei: a alma do filósofo habita sua mente, a alma do poeta habita seu coração, a alma do cantor habita sua garganta, mas a alma da bailarina habita todo o seu corpo."                                                      Khalil Gibran

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

É o corpo que se funde no amor

Este é mais um dos textos trabalhado nas aulas de dança. E também mostra o quanto corpo e alma estão inteligados, e como não se deve desprezar um em prol do outro!
" A vividez do corpo denota a sua capacidade de sentir. na ausência de sentimento, o corpo fica morto, ao menos no que se refere à sua habilidade de ser impressionado pelas situações e reagir a elas. A pessoa emocionalmente morte está voltada para dentro: pensamentos e fantasias substituem o sentimento e a ação; imagens compensam a perda da realidade. Sua atividade mental exagerada substitui o contato com o mundo real e pode criara falsa impressão de estar vivo. Apesar dessa atividade mental, seu estado de morte emocional manifesta-se fisicamente.(...)
 Ao enfatizar demasiadamente o papel da imagem, ficamos cegos à realidade da vida do corpo e dos seus sentimentos. É o corpo que se funde em amor, que se arrepia de medo, que treme de raiva, que procura calor e contato. À parte do corpo, estas palavras não passam de imagens poéticas. Experienciadas no corpo, elas ganham a realidade que dá sentido à existência. BAseada na realidade do sentimento corporal, a identidade possui substância e estrutura. Abstraída dessa realidade, a identidade torna-se somente um artefato social, um esqueleto sem carne."  Lowen

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Você realmente ama uma mulher?

Esta é especialmente para as mulheres, embora caiba aos homens também, o que seria o mais óbvio e também cheio de verdade! Mas digo que é para as mulheres pois neste texto a mulher descrita pode muito bem ser a nossa essência feminina, a mulher "selvagem" que reside em nosso interior! Aqui vai o vídeo com cenas do filme Don Juan de Marco, que são belíssimas e a tradução da música mencionada acima.



. . . . .Aqui vai mais uma parte do filme que também é muito bela e mostra o amor à essência feminina, onde Don Juan diz como toca as mulheres e faz com que elas se descubram como mulher! Bem interessante!

sábado, 23 de outubro de 2010

Espírito Desencarnado X Corpo sem Alma

"Quanto mais vivo for o corpo, mais vívida será sua percepção do mundo e mais ativa sua resposta a ele.(...) O sentimento de identidade provém de uma sensação de contato com o corpo. Para saber quem ele é, o indivívuo precisa ter consciência daquilo que sente. Deve conhecer a expressão do seu rosto, a sua postura e a forma de movimentar-se. Sem esta consciência da sensação e atitude corporais, a pessoa torna-se dividida:um espírito desencarnado e um corpo sem alma." Lowen

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Bruxa


"A incorporação do ego masculino por parte de uma mulher gera uma bruxa. A bruxa sustenta o ponto de vista do ego masculino, acreditando que o corpo da mulher é um objeto a ser utilizado sexualmente. Desta maneira, a bruxa volta-se contra seu próprio corpo, e regozija-se com seus sacrifícios, pois esta representa o aspecto vil de sua personalidade. Ao mesmo tempo, ela compensa essa vilificação elevando a sua imagem do ego, considerando-se uma pessoa superior, não-conformista, que rejeitou a velha moralidade.
O impulso demoníaco da bruxa também almeja destruir o ego masculino. Voltando-se contra sua própria feminilidade, a bruxa nega o papel que o amor desempenha no sexo, e zomba do homem que a procura."
Alexander Lowen

Este texto trás a tona algo muito interessante que contradiz o que geralmente se lê e se ouve quando procuramos entender a essência do feminino. Porém é de uma obviedade tão grande que nos faz questionar: Como ninguém viu isso antes? Como se fala do feminino sem observar a questão principal: "A integração entre o ser e a natureza" e não "A manipulação da natureza", atitude de quem não confia na sabedoria da Grande Mãe...
Este texto me veio como que uma resposta a uma questão de alguns dias atrás quando vi o filme Brumas de Avalon. Muitas pessoas me falaram sobre este filme e me disseram como era lindo a forma como tratava do aspecto feminino divino. Ao vê-lo constatei que era apenas uma maneira patriarcal de ver o feminino, exaltando as magias e manipulações da natureza e desprezando ( ou dando a mínima importância)as ofertas e agradecimentos feitos à Deusa. Como se a sabedoria da Grande Mãe fosse apenas para os "escolhidos". Dentro do matriarcado todos são iguais e todos são "acolhidos", dentro desta visão prevalece o respeito, a confiança e a entrega que pouco ou nada adulam o ego sedento pela necessidade de se sentir especial