terça-feira, 30 de junho de 2015

Constelação Familiar

   


    A constelação familiar é uma técnica voltada a todas as pessoas que queiram trabalhar suas relações familiares e amorosas, problemas de saúde, perdas e/ou luto, comportamentos destrutivos, vida profissional, empresarial, enfim, todo tipo de conflito, dificuldade, faltas, distúrbios, vícios, etc.
    Muitas das dificuldades pessoais e de relacionamento que temos são resultados de confusões nos sistemas familiares. Esta confusão ocorre quando incorporamos em nossa vida o destino de outra pessoa viva ou que viveu no passado de nossa própria família ou ainda em nosso passado individual, sem estar consciente disto e sem querer. Isto nos faz repetir o destino dos membros familiares que foram excluídos, esquecidos ou não reconhecidos no lugar que pertencia a eles.
   Ao realizar uma constelação familiar, ampliamos a compreensão que temos da nossa família. Com amor e sem julgamento, esta ferramenta permite trazer à tona aquilo que realmente aconteceu à estrutura do campo de energia familiar, que levou os membros de uma família a se tornarem agressores ou vítimas, a ficar com problemas (os mais variados - mentais ou doentes) levando a cura a toda essa estrutura.
O amor é a energia que anima o trabalho das constelações familiares a qual tem como fundamento “aceitar as coisas como elas são”.
Simples assim.
Venha conhecer essa maravilhosa técnica de cura!

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Dança do Ventre - Da miséria ao êxtase

      Ouvindo Lena Chamamyan e tomando um chá de especiarias, no maior clima Oriente Médio, pus-me a pensar na profundidade da dança, em especial da dança do ventre. Antes de ser uma expressão cultural e artística, a dança foi uma forma de expressão de si mesmo, levando ao sentimento de união com o divino. Por isso os seres humanos começaram a dançar, e a organizar sua dança, e a fazer continuamente. Então, por mais que muitas vezes não se queira, e as vezes se queira com muita veemência, dançar é um ato esotérico.
     Daí surge a pergunta: como está a minha dança? Danço pra quem? E por quê? Segundo Nietzsche: " E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música." Em verdade loucos eram os que não ouviam a música, e loucos exibicionistas os que dançavam sem ouvir a música! Óbvio que a filosofia de Nietzsche é ampla, mas como toda boa filosofia se aplica facilmente. Já que esta menciona a dança, por que não levá-la ao pé da letra?
     Em dança do ventre, quantas são capazes de ouvir a música, serem tomadas por ela, e entrarem em um estado pleno, pelo simples fato de serem tiradas para dançar pela própria música? E quantas dançam com o objetivo de ter plateia, a música de fato não as toca, dançam, sem ouvir a música, e ao terminar se glorificam dos acertos e se punem pelos erros cometidos? Quantas são capazes de perceber a energia movimentada durante a dança e liberar-se física, emocional e sobretudo egoicamente para que a dança possa fluir? Quantas se contentam com a miséria de notas e moedas de ouro no cinturão, enquanto a dança pode levá-las ao maior estado de graça? Quantas estão dessincronizadas com a música, desarmonizadas com o grupo e principalmente, não percebem de fato tudo isto porque estão desconectadas de si mesmas?
     Uma multidão de pessoas que dançam sós, com objetivos medíocres de serem melhor que as outras, ou aparecerem mais que as outras, ou simplesmente postarem mais fotos que as outras. A dança é muito maior que isso. A dança do ventre é livre de vaidade e rica em humildade, genuinamente leva à união, união de pessoas que colaboram umas com as outras, que desenvolvem uma cumplicidade, daquelas que se conversa com o olhar, que jamais se sentem sós ou perdidas, porque sentem que fazem parte de algo. E a partir disto caminham para o encontro de si mesmas, para a plenitude da alma. E dançam libertas de julgamentos, condenações ou exaltações, dançam para si próprias, pela própria alegria do dançar!
                                                                                Gisele T. Ricetti


 

domingo, 21 de junho de 2015

Uma Xícara de Chá

     Quando alguém vai a um Mestre Zen e faz muitas perguntas e ele permanece em silêncio, ele está dizendo:" Deixe toda esta bobagem!" E quando ele diz: "Tome uma xícara de chá!" Ele está dizendo algo de extrema importância, ele quer dizer: "Esqueça esta bobagem, tome mais consciência, tenha um pouco de meditação!"
     Quando nos encontramos para tomar "Uma xícara de chá", além de estarmos revisitando uma tradição ancestral que pede um momento de pausa, compartilhamos as sempre sábias palavras de Osho, em cartas escritas para todos nós!
     Encontramos, reencontramos e conhecemos pessoas com um objetivo em comum, o autoconhecimento e a comunhão! E nesta comunhão reduzimos a força do negativismo doentil que tem assolado a humanidade, fortalecendo uma unidade de amor e compreensão que se expande e envolve tudo ao redor!

 
"(...) Mas a semente pode permanecer uma semente e morrer.
A oportunidade pode ser perdida.
Você é livre para ser aquilo que você deve ser ou ser aquilo que você não deve ser.
O homem é livre para ser ou não ser - está é a glória e esta é a carga. (...)"
Osho
(Fragmento da carta lida no encontro de 19 de junho de 2015).

sexta-feira, 12 de junho de 2015

O Sagrado Templo de Compras

     Texto inspirado por pessoas muito caras, Regina e Grazielle, que com seus comentários me puseram a divagar...


O Sagrado Templo de Compras

     O ser humano, através do tempo acredita que tem evoluído muito, principalmente no último século, com inúmeras inovações tecnológicas, mudou também seu comportamento e crenças! Os que "evoluíram", ao ver alguém que baseia ou baseou sua vida em princípios religiosos, frequentando templos, fazendo preces, etc., acreditam que são pessoas até ignorantes, que não permitiram que a luz da ciência as toque e guie seu caminho com lucidez.
    Ora, percebamos o quanto não mudamos! Os templos que se erguiam numa arquitetura inigualável antigamente, para reunir pessoas que iam quase que diariamente, hoje transformou-se nos shoppings que oferece a mesma estrutura com o mesmo fim, a união da comunidade. Antes e ainda hoje, muitos iam à igreja barganhar com Deus, eu te ofereço dinheiro, meu sacrifício, seja ele qual for, e em troca você me dá paz (na forma de uma bela casa na praia), prosperidade (na forma de um ótimo salário) ascensão espiritual ( na forma de ascensão social), hoje as pessoas vão ao Shopping comprar tudo isso. Se antes alguns iam ao templo pro estarem infelizes, hoje vão às compras.
     Os iletrados passavam o dia com seus terços na mão, tentando uma religação com Deus, um sentimento de união, para não se sentirem só... Hoje, as pessoas fazem o mesmo movimento que faziam no terço, no celular. Que bela troca! O dia todo o polegar que passava as bolinhas incansavelmente hoje digita letras, e isso tudo pra quê? Para tentar uma religação, um sentimento de união, para não se sentir só...
     E os angustiados que buscavam consolo nas palavras de um sacerdote que representava Deus, hoje o encontram nas de um terapeuta, que representa a ciência.
     E o oráculo, que era consultado antes de qualquer importante decisão, como troca de moradia, melhor dia e lugar para uma celebração, quem é esta pessoa com que começo a me relacionar, ou até para decisões mais simples, como: será que chove hoje, foi maciçamente substituído pelo Google.
     E os aborígenes que faziam danças ofertando a Deus para conseguir a fertilidade, de si e do solo, tem como substitutos modernos os que dançam em bailes movimentando assim também a energia da fertilidade, e quanta fertilidade!
     E os seres humanos que reuniam-se em rituais onde cantavam e movimentavam-se todos juntos, onde conseguiam entrar em estados alterados de consciência são hoje representados pelos tantos que vão a estádios de futebol mais no intuito de serem tomados por esta grande força que propriamente ver um jogo, que poderiam fazer no conforto do seu lar, com uma visão privilegiada de tudo!
     E este a quem recorríamos, que é onisciente, onipresente e onipotente, que antes era chamado Deus, hoje chama-se internet!
     Esta é a Era de Áquario, na qual estamos entrando! Onde tudo fica as claras, onde não importa exatamente onde vá, ou o que faça, mas como faz. A princípio acreditamos que o mundo está perdido, as pessoas estão se afastando de Deus. Mas na realidade os lugares consagrados a Deus, estão ficando mais vazios do comércio. E todos os atos oferecidos a Deus estão sendo feitos mais de coração, do que por repetição. E na grande realidade o tempo passa e a necessidade ainda é a mesma, sentir-se unido, parte integrante de algo maior, que conduza nossa vidas e que guie nossos caminhos, independente do nome que tenha, religião, capitalismo...sem que de fato precisemos despertar! Por que aí, quando isso acontecer, ir a Igreja ou ir ao baile serão atitudes Divinas!
                                                                                               Gisele T. Ricetti

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Desperta!

     Desperta! Procure fazê-lo se está dormindo ou sonolento.
     Desperta! Pois a vida passa.
     Desperta! Se se sente vítima, ou incapaz de mudar a realidade que vê... ou que pensa.
     Desperta! E não acordará em outro mundo, mas perceberá a realidade a sua volta, e o quanto ela é sagrada!
     Desperta! E sentirá a sua responsabilidade por tudo o que acontece, e só assim poderá alterar o que o desagrada.
     Desperta! E entrará no ritmo da Vida, e mover-se-á com graça e leveza!
     Desperta! E, acima de tudo, sentirá gratidão, no sentido mais pleno da palavra!
                                                                                     Gisele T. Ricetti



"Não sei exatamente em que momento comecei a despertar.
Só sei que comecei a desejar menos entender de onde vim
e a desejar mais aprender a estar aqui a cada agora.
Só sei que descobri que a solidão é estar longe da própria alma.
Que ninguém pode nos ferir sem a nossa cumplicidade.
Que , sem que a gente perceba,
estamos o tempo todo criando o que vivemos.
Que o nosso menor gesto toca toda a vida
porque nada está separado.
Que a fé é uma palavra curta
que arrumamos para denominar
essa amplidão que é o nosso próprio poder!"
                                                                                           Ana Jácomo

domingo, 7 de junho de 2015

Encerramento Prefeitura - 2013

     Grupo da prefeitura de Curitiba, minhas amadas companheiras com quem tenho a felicidade de compartilhar semanalmente por anos! Neste encontro mais uma vez incluímos a dança do ventre!





Sat Sangha 2013

     Sat Sangha é um encontro de amigos ao redor  da verdade! Mais um ano podendo compartilhar do respeito e confiança que há muitos anos nos são caras


     Mais uma bela mesa montada em grupo!


     A benção da mesa feita por todos os participantes!


 

Encerramento Prefeitura - 2007


     Parte do grupo de yoga da prefeitura de Curitiba! Um encontro com pessoas amadas com quem compartilhamos semanalmente!



 

Sat Sangha 2007

     União de amigos ao redor da verdade! Mais um ano de comunhão!






 

Sat Sangha 2008

     Mais um maravilhoso encontro com amigo para a vida  inteira, em busca do encontro com a verdade divina! A mesa, que é composta com a comtribuição de todos, fica sempre plena e bela!


 
     Neste ano não faltou a meditação de anjos, e a arte do Mehendi ( que é a tatuagem de Henna indiana) por parte dos pequenos!
 

 

Sat Sangha 2009

     Sat Sangha é um encontro de amigo ao redor da verdade. Neste ano fizemos um encontro onde, além das vivências habituais, tivemos pela primeira vez a dança do ventre contribuindo com sua alegria e expressão!


       A montagem da mesa, que sempre conta com a participação de todos, é um dos momentos mais especiais, pois se coloca nos atos a atitude de comunhão, não apenas com os demais, mas também com os elementos essenciais da natureza, a terra, a água o fogo, o ar e o éter!

 

Encerramento - Mulher 2012

Lindo texto feito pelo Christyano e entregue no final do espetáculo Mulher, de 2012. Construido internamente enquanto externamente movimentávamos o mundo, dançando e bordando, sorrindo e criando! Texto de uma testemunha ocular de todo o processo, que soube exprimir com maestria tudo o que vivemos intensamente! E com ele fechamos com chave de ouro todo o trabalho realizado sobre um tema tão profundo e belo!

    " Mensageiras de uma boa nova, a coragem de se fazer presente e entregar-se à dinâmica natural do fluxo de sua essência, tendo como pano de fundo a graça da dança.
     Nesta vivência de si mesmas, ora senhoras, ora artífices, criativas, geradoras, meio livres, elas concretizam a sua história surpreendente, tal qual a aranha que tece a sua teia com sua própria substância:ela mora, se protege e se alimenta. É da teia e com a teia que ela vive!
     Tecendo a dança a cada encontro, bordando os detalhes coreográficos no espírito da reunião. É na amizade cooperativa e cúmplice que um espetáculo se constrói.
     Maha Devi é uma realidade mais comum que se pode supor. Sob a benção do poder que as move, esse poder que vem de dentro, do útero e da alma, se encontra com sua polaridade externa promovendo a chama necessária à iluminar, aquecer e arder; no encontro divino/profano a exalar o perfume suave, mas inebriante do Sagrado Feminino.
     Movimento... e que movimento! Elas movem e são movidas, para dentro e para fora, relaxam, sorriem e se divertem, correm contra o tempo, choram... e nessa pressão a explosão! A expressão de sentimentos e novidades! As operárias do viver erguem as mangas, descalçam os scarpins e os tamancos, apropriam-se do momento e preparam o buquê! Que no momento, passado o agradável susto,oferecem com toda a sua intensidade e devoção à luz divina que as habita: a que chamam Mãe!"

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Nascer, rezar, respirar

     Nascer, rezar, respirar...
     Qual a grande diferença, qual a similaridade?
     Temos dado tempo suficiente para isto tudo?
     Respeitamos a unicidade do respirar (como se cada respiração fosse a única), e do rezar (como se cada prece fosse sempre nova, cheia de frescor)?
     Respeitamos a naturalidade do nascer? E do rezar?
     Respeitamos a sacralidade do nascer? E do respirar?
     Em tempos onde o natural, o único e o sagrado muitas vezes fica submetido ao tempo, ao dinheiro, e a "self", não podemos nos esquecer da atemporalidade do amor, do valor (e não do preço) de momentos únicos e do movimento da Vida, que máquina nenhuma pode registrar!
     Façamos então de cada respiração uma prece, de cada prece única e de cada nascer a expressão natural da Vida!
                                                                                                Gisele T. Ricetti


     "Que longo caminho percorremos!
     Saímos das águas e tomamos pé. Nós nos levantamos...
     Deixamos a posição rastejante da vida que se aventurava fora dos mares, fora de um longo passado oceânico.
     Nós nos levantamos.
     A Terra nos carrega.
     A Terra nos sustenta.
     Mas é do céu, da luz que vem a vida.
     Erguendo-nos, achamos a direção, sentido.
     Dirigimo-nos para nossa verdadeira fonte que está no alto.
     E sobe ao céu cada manhã.
     Para percorrer este caminho que leva do mineral ao homem, quanto tempo foi preciso!
     Milhares, não, milhões de anos.
     Esse caminho, reduzido no tempo, a criança, num relâmpago, faz novamente ao nascer.
     Não é o caso de esperar alguns instantes por aquilo em que a vida perdeu tanto tempo?
     Fazemos nossas preces correndo?
     E o que é a prece senão o inverso do caminho que a criança percorre ao nascer?
     Em qualquer religião, o fiel se curva.
     Interiormente, apenas em intenção.
     Ou se ajoelha, curva a cabeça, se inclina e toca o solo com a fronte, com os braços dobrados sobre o peito.
     Baixa-se.
     Demonstra obediência. Humilha-se.
     Beija a Terra.
     Submete-se a ela.
     Fazendo isso, fechando o corpo e o peito, esvazia-se,
expira...
e retoma, privado de fôlego, a postura e o estado da criança antes do nascimento.
     Então, tendo mostrado completa obediência, tendo tocado com a fronte Aquela que o carrega, que o nutre, a quem um dia retornará, está pronto para renascer.
     Corrige sua posição,
estende-se.
     Suas costas se abrem, se expandem.
     O ar o enche.
     E, com os olhos para o céu, envolvido pela luz, carregado pela inspiração, treme, sentindo a força que o invade.
     Sim, isto é a prece.
     Aí está o curto, o longo caminho que vai do fundo das águas, atravessa a Terra, os ares, para subir às alturas.
     É o duro caminho que a Vida percorreu e que todo ser refaz ao nascer.
     Fazemos nossas preces correndo?
     E para nascer, não é preciso mais que um instante?"
Frédérick Leboyer