segunda-feira, 18 de julho de 2016

Bolo Maha Devi

Esta é uma releitura de bolo indiano, sem ovos e leite, não deixando nada a desejar em termos de textura, maciez, umidade e sabor. Testado e aprovado por quem provou!

Ingredientes
Massa:
- 4 xícaras de farinha de trigo.
- 2 xícaras de açúcar mascavo.
- 1 colher de sopa de canela.
- 1/2 xícara de óleo.
- 3 xícaras de água.
- 1 colher de chá de vinagre.
- 1 colher de chá de bicarbonato de sódio.
- 1 colher de sopa de fermento.

Cobertura:
- 1 lata de leite condensado de soja.
- 1 colher de margarina.
- 1 xícara de leite vegetal.
- 1 colher de sopa rasa de amido de milho.

Modo de Preparo
Massa:
- Misture todos os ingredientes secos, menos o fermento.
- Aqueça bem (não deixe ferver) a água e o óleo misturados.
- Coloque-os aos poucos sobre os ingredientes secos, enquanto mexe.
- Acrescente o vinagre e mexa bem.
- Por último coloque o fermento e misture delicadamente.
- Unte uma forma de 30cm de diâmetro e pré aqueça o forno por 10min.
- Asse o bolo por aproximadamente 30 minutos.

Recheio:
- Misture bem todos os ingredientes, exceto a canela em uma panela. Leve ao fogo e apure como a consistência de um brigadeiro mole. Coloque sobre o bolo e por último polvilhe canela por cima.

terça-feira, 5 de julho de 2016

O Erro e o Acerto - Na Dança, Na Vida

     Quantas vezes erramos o que acreditamos que sabemos? Temos a ilusão que a compreensão intelectual nos garante fazer certo. Sustentamos isso repetindo inúmeras vezes o que pensamos que sabemos, mas seguimos errando...
     Quando dançamos fazendo uso da dança com um meio de autoconhecimento, percebemos que entendermos um passo não nos garante faze-lo corretamente. Que há a necessidade do exercício, da repetição para aprende-lo. E quando acreditamos que por repetir o passo seguidamente aprendemos, mais uma vez nos enganamos quando vamos executa-lo em meio a uma sequencia maior de passos ou até mesmo uma coreografia, e erramos. Temos que mais uma vez nos habituarmos a este passo, esta ação, na condição real da dança, que é a música.  E então, quando mais uma vez ganhamos a autoconfiança mental sobre nosso aprendizado, nos distraímos, e voltamos a errar, as vezes até sem perceber que estamos diminuindo o movimento necessário, substituindo por outro, o que também seria um erro...


     E tudo isso sem percebermos que o aprendizado maior está em reconhecer que fazemos isso continuamente em nossas vidas. Que autoconfiança egóica nos trai a todo momento. Que cada erro, não deve ser motivo de condenação e sim visto como uma oportunidade de aprendizado sobre si mesmo, uma chamada para a realidade. Que devemos rir quando erramos, não porque fomos tolos, mas porque percebemos e voltamos ao caminho correto, e que aprendemos errando.
     Descobrimos muitas vezes que o que achávamos errado flui melhor na dança e na vida do que o que aprendemos como correto. Errar muitas vezes é sair do que é esperado e fazer diferente, ser criativo. Daí surgem as grandes coreografias, daí surgem as belas e novas ações.
     A humildade anda de mãos dadas com a real autoconfiança, aquela que te impulsiona ao acerto, sem te iludir de que o erro está banido. É aquela que te dá atenção, foco em sua jornada, sem se deixar inebriar pelas distrações do caminho. E por último, é aquela que te faz crer que só se acerta realmente sobre as verdades que são suas, e que o certo do outro, se ainda não faz parte de você, por mais correto que possa parecer, é ainda um grande equívoco para sua alma.
                                                                               Gisele T. Ricetti

terça-feira, 31 de maio de 2016

Gratidão


        A você que com sua presença, confiança e amizade sincera nos dão a oportunidade de crescer e exercer o nosso sacro-ofício.
        A você que nos incentiva a escrever aquilo que em aula experimenta, lhe digo que se algo acontece é porque você lá está e porque há encontro. Que juntos e atentos sejamos sempre bons canais condutores de mais encontros onde o respeito é a base da confiança e segurança para a continuidade e que continuamos fazendo por merecer.

     
        "Aqui diante de vós e sobre a suave certeza da firmeza relativa e da generosidade da Mãe Terra. Curvo-me e ofereço-me em palavra, gesto e ação. Com tudo o que conheço e desconheço de mim, assim como com aquilo que não me lembro, procurando no exercício da humanidade me observar.
        Em gratidão, meu coração de ente humano, junto do coração de tantos homens e mulheres e de todos os seres que se desenvolvem em seu ventre. Amada mãe, abençoe e proteja tudo o que cresce e o que espera.
        Ajude-me a acolher com mais leveza o meu pessoal plantio, que se manifesta em todos os níveis do meu ser. É, de acordo com a sua vontade e meu merecimento, possa eu absorver com sabedoria o resultado, do jeito que a manifestação pode expressar em seus graus de densidade e sutileza.
        Para que eu de fato entenda que essa bênçãos da expressão divina são as tábuas da ponte que faz a ligação entre aquilo que penso ser com aquilo que sou."
                                                                                            Christyano E. Ricetti 

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Dançar no Ritmo da Vida

        O ritmo, presente na dança, nos dá valiosas lições sobre o ritmo do universo todo. Nosso comportamento com relação à ele retira os véus colocados sobre nossos olhos com relação à nossa maneira de viver!
        Em todo o universo há ritmo, que é natural e envolvente. E a todo o momento somos chamados aos ritmos, e só o perdemos quando os nossos egos se envolvem, tentando nos fazer crer que somos entidades completamente separadas e que não somos parte integrante da natureza, e que as leis naturais não cabem a nós.
        Sabemos que estamos envolvidos em um ritmo quando sentimos leveza, fluidez. Quando, apesar das nossas escolhas de passos, somos guiados pela música. E na vida é exatamente assim. O que fazemos com maestria, com o coração e a alma, o que fazemos sem dúvidas, segue o ritmo que lhe é natural. Um bom cozinheiro torna-se um maestro quando em sua cozinha, flui o movimento de suas mãos que cortam, transparece a sua capacidade de sentir os cheiros, as texturas e os sabores. É praticamente uma dança... Quando se está no ritmo não há espaço para a lamúria e o sofrimento. Só há espaço para o contentamento e o amor!

        E quando estamos fora do ritmo? Ora, é exatamente o que acontece quando se dança. Se não estamos no ritmo, sentimos que a música demora a passar. Que é pesado, difícil. Sentimos ansiedade, insegurança, medo. Ora nos aceleramos e atropelamos, ora retardamos... E muitas vezes, como solução mais fácil, copiamos quem está ao nosso lado...
        Na vida, sabemos que estamos fora do ritmo quando nos encontramos numa situação em que olhamos o relógio inúmeras vezes, e parece que o tempo insiste em não passar. Quando achamos tudo chato, monótono.
        Também é sinal de que estamos fora do ritmo quando sentimos a vida pesada, nos esforçamos muito, cansamos muito. Quando não vemos a hora de nos livrarmos daquela atribulação, ou simplesmente nos resignamos com ela. Não há de fato amor, alegria.
        A ansiedade, tão habitual hoje, é sinal de que não estamos no ritmo. Queremos fazer, mas de fato não sabemos bem o que e nem como. Nos atropelamos, e também aos outros, não damos tempo nem espaço às suas expressões. Retardamos as reações, e também as ações, e perdemos inúmeras oportunidades de rir de nós mesmos, e na frustração, acabamos entendendo como um insulto, um ato de desaprovação... e sofremos.
        E por não crermos de fato que todo o ritmo pulsa dentro de nossos corações, sentimos medo, insegurança, e copiamos quem está ao nosso lado. Compramos o que todos compram, vamos onde todos vão, guiamos nossas vidas como todos, às vezes tentando nos iludir que somos originais e que estamos corretos, mas invariavelmente o vazio interno e a insatisfação não nos permite acreditar que é assim.
        Nem todos devemos e queremos dançar a mesma música, nem todos os ritmos devemos seguir. Afinal, o universo é repleto de ritmos aos quais podemos entrar e sair de acordo com nossa disposição e vontade.
        Então, muitas vezes decidimos dançar tango, por considerarmos uma bela dança. Aprendemos os passos, estudamos, sabemos a história do tango, nos consideramos e por vezes somos considerados mestres na arte do tango. Porém há um grande problema, estamos ouvindo samba! Então dançar tango exige muito esforço, dedicação. Olhamos ao redor e todos dançam samba. E num momento mínimo de distração, dançamos no ritmo do samba. Ficamos bravos, nos sentimos perdedores... Em defesa própria achamos que todos estão errados. Que a música está errada. Em nosso grande equívoco ignoramos que para dançar tango não devemos ir à gafieira, mas em busca de onde se toca tango.
        Parece até uma grande bobagem tudo isso, mas é o que fazemos continuamente em nossas vidas. Decidimos mudar um hábito, o que muitas vezes é bom, lemos, estudamos, buscamos até ajuda profissional muitas vezes. Porém não nos desligamos do ritmo antigo. De fato, ainda não conseguimos ouvir a nova melodia. Insistimos em ouvir a música anterior para critica-la, olhar quem segue os hábitos aos quais pretendemos deixar... Achamos que por termos lido, ouvido a respeito, podemos adaptar o novo ritmo aos velhos passos. E ficamos completamente desconcertados. Afinal não somos nós que fazemos a música, somos somente guiados por ela!
                                                                                        Gisele T. Ricetti